Você que proibe o gemido do prazer de cada amanhecer
Você que proíbem as flores exalarem suas cores
Você que proibe os rios
cantarem as suas canções.
Você que proibe as nuvens colorirem os ares
Você que proibe o sorriso dos passarinhos
Você que proibe o cântico das sementes,
a dança dos grãos,
o gemido do prazer de cada amanhecer
Você que proibe o sorriso dos sóis,
a beleza das curvas dos riachos, dos perfumes das tardes,
das cores do riso do namorar das borboletas,
das sinfonias dos sapos, dos poemas do caminhar dos caracóis
Você que só proíbe, inibe, sucumbe, oprime e amedronta
os pulsares de cada grão de areia
Você cafajeste plantonista das fábricas dos medos que algarisma lucros e acúmulos
Você deus - Bosta
Serviçal da servidão tosca e ridícula
De quem da vida não sorriu dos portos donde se originam úteros e úberes em partos de radical poeticidade de invisíveis Bonitezas
04102022
tarde
Serrinha