Narci

Quando te conheci, admirei

Com sua bomba de amor,

Me sequestrou,

Ah! Como fui tola, acreditei!

Sua crueldade estava coberta de um brilho amarelo, dizias tu ser o Sol!

Cegando cada um que nunca conseguiu entrar em baixo de teu falso manto,

Me dizias com doce fala, vinda de uma língua dividida

Não és tão boa menina, mas quem sabe um dia!

Auto intitulada Rei, Rainha,

Como tentei encher sua peneira, como tentei ser uma amada filha...

És vazio, invejoso, interesseiro, cruel

Fui anos teu espelho de reflexo distorcido

Quem vive com um narcisista sabe bem o gosto do fel

Narcisista nunca ama, nunca sacia sua sede

Ele quer mais e mais

Um ser das trevas, como um demônio dentro de uma escura caverna

Saindo dela coberto de mel

Pega a primeira abelha

Faz dela sua miséria

Caída a abelha, sem mais sorrir

Morreu sem mais voar, morreu apenas olhando para o desejoso céu

Anafa
Enviado por Anafa em 01/10/2022
Código do texto: T7618355
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