A poesia que floresce em mim
A poesia que floresce em mim
Tenho nos olhos verdes campos de orvalho campestre
O assobio do vento num cântico agreste
O astro luzente num céu azul de tecido lustroso
Rouxinóis coloridos numa orquestra de som harmonioso
O perfume balsâmico de trepadeiras de jasmim
Em tranças ardilosas com as eras do jardim
Esperas silenciosas no parapeito da janela desbotado
Olhares perdidos em lenço sofrido mal amado
Versos tatuados em olhos negros de queixume
Rascunhos amarrotados devorados pelo lume
Sentimentos arrastados na voz dos dilemas
Ecos de intensidade e sensibilidade suspiram em poemas
Folhas manuscritas em noites serenas de magias
Em que as estrelas se conjugam e florescem poesias!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal