Dentes amarelos.
Fale-me tudo
Conte-me se for capaz
Deixe para traz, falsa modéstia e diga-me,
vamos lá, provoque-me com a verdade,
Seja o algoz violento das boas novas
Que de tão boas, não podem ser novas e nem boas
Venha, convença-me de tudo e não esconda nada
Se menti, que pelo menos escove-me o ego, antes, de partir-me ao meio, sorria com dentes amarelos e cara limpa.
Vamos! Sussurre-me os desabafos, segredos negros, em que tua mente por quase não querer se meteu, acuse-me, deturpe meu insucesso
Livra-me da culpa, da certeza solitária.
Revele-me, aquilo que todos sabem ou esqueceram de propósito.
Ahh, ai de mim, ai de mim.
Qualquer tragédia grega, se curva a verdade falsa das coisas.