A praia é meu jardim de areia
e conchas, plantas rasteiras
onde meu olhar pranteia
marejados de deserto,
abismo e marasmo,
em meu pisar incerto.
A alegria em mia pele pereceu,
o movimento se perdeu.
Pudesse eu suspender,
alçaria voo com os trinados das gaivotas,
daria liberdade ao corpo
e fuga à alma,
mas ando triste, tão tristonha,
há silêncio em todo meu ser,
uma afronta à minha alma-criança.
A culpa é toda minha
por não encontrar tempo para a dança.
Dança para um poema