PARA NÃO ME ESQUECER

Oculto o vermelho do sangue

que jorra de minhas veias

só a mim machuca,

os pensares,

que borbulham

só em mim,

fervilham,

eu engulo,

para não verbalizar

e incomodar a outrem.

Mas tudo existe.

Ou inexiste?

Brota a cada

rebento de segundo.

Ferve. Me alucina.

E eu escrevo para não enlouquecer.

Para não me esquecer.