ESCURIDÃO E MISTÉRIO

Não vivo enquanto não te amar!

E quem sabe a sorte me trará,

Outra nova razão para querer,

Contigo sempre me entregar.

No meu silêncio, até finjo que não ligo,

Somente para não te esquecer.

Nada é tão definitivo,

Que argumentos terei que fazer?

Convenço-me de que ver as marcas,

Estas dos quais deixastes em meu sorriso,

É porventura ter um pedacinho,

Do que o amanhã reservará para mim.

Ah, este amor bandido e insano!

Que o deleite tens junto a ti,

Vivendo e se escondendo pelos cantos,

Atrás das quimeras a surgirem,

No instante em que eu te vi.

A escuridão traduz o seu mistério,

Envolta de suas doces vontades,

Que de sobre humanas não existem,

Mas que por hora, não consegue abdicar-se.

Então, que encontro tenho as cegas,

Quando de fato perturbas os sentidos?

Queria extinguir este meu fardo,

De ansiar por tocar-lhe os cabelos,

Onde o seu beijo era a terminologia do fim.

Desta circunstância em que me coloco,

Chegando a acreditar num certo dia,

Cuja cabeça porás contra o meu peito e,

A abraçar-te-ei num conforto que,

Este meu ser, em seu refúgio,

Está disposto a tanto te dar.

Poema n.2.920/ n.65 de 2022.

25/09/2022.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 25/09/2022
Código do texto: T7613765
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