ESCURIDÃO E MISTÉRIO
Não vivo enquanto não te amar!
E quem sabe a sorte me trará,
Outra nova razão para querer,
Contigo sempre me entregar.
No meu silêncio, até finjo que não ligo,
Somente para não te esquecer.
Nada é tão definitivo,
Que argumentos terei que fazer?
Convenço-me de que ver as marcas,
Estas dos quais deixastes em meu sorriso,
É porventura ter um pedacinho,
Do que o amanhã reservará para mim.
Ah, este amor bandido e insano!
Que o deleite tens junto a ti,
Vivendo e se escondendo pelos cantos,
Atrás das quimeras a surgirem,
No instante em que eu te vi.
A escuridão traduz o seu mistério,
Envolta de suas doces vontades,
Que de sobre humanas não existem,
Mas que por hora, não consegue abdicar-se.
Então, que encontro tenho as cegas,
Quando de fato perturbas os sentidos?
Queria extinguir este meu fardo,
De ansiar por tocar-lhe os cabelos,
Onde o seu beijo era a terminologia do fim.
Desta circunstância em que me coloco,
Chegando a acreditar num certo dia,
Cuja cabeça porás contra o meu peito e,
A abraçar-te-ei num conforto que,
Este meu ser, em seu refúgio,
Está disposto a tanto te dar.
Poema n.2.920/ n.65 de 2022.
25/09/2022.