SILÊNCIO
SILÊNCIO
Cerca-me o silêncio
A ausência de vento
As paredes e portas fechadas
As luzes apagadas
A paz do nada
Cansado de gritos
Impropérios e atritos
Atiro-me ao isolamento
Objetivando a sanidade
Contrapondo-se a loucura
Da tempestade de versões
Das notícias de ocasiões
Que nada acrescentam
Apenas desvios de rotas
Letras mortas
A cada minuto
Escritas por um puto
Dinheiro do alheio
Que paga o sábio de ocasião
Do céu ao chão
Sócrates ou Platão
Sobrando apenas o mármore
Da sepultura