SILÊNCIO

SILÊNCIO

Cerca-me o silêncio

A ausência de vento

As paredes e portas fechadas

As luzes apagadas

A paz do nada

Cansado de gritos

Impropérios e atritos

Atiro-me ao isolamento

Objetivando a sanidade

Contrapondo-se a loucura

Da tempestade de versões

Das notícias de ocasiões

Que nada acrescentam

Apenas desvios de rotas

Letras mortas

A cada minuto

Escritas por um puto

Dinheiro do alheio

Que paga o sábio de ocasião

Do céu ao chão

Sócrates ou Platão

Sobrando apenas o mármore

Da sepultura

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/09/2022
Código do texto: T7613746
Classificação de conteúdo: seguro