A ETERNA SOBERBA HUMANA

Somos simples minerais, pedaços do infinito

Possuímos as estrelas no olhar

A alma como o sopro divino

O homem se acha dono do universo

Mas ele não passa de um simples menino

Na vastidão da Via Láctea, há uma imensidão de planetas

Onde pode existir vida, além da humanidade

E o ser humano em sua soberba vaidade

Acredita ser único na imensidão

Pobre ser humano, vive na ilusão

Se Deus é o universo, que fala por meio de uma voz

No silêncio das almas, dos universos sem fim

Que fala dentro de cada um, dentro de mim

Que desenha nossos sonhos na espiritualidade

Com certeza, haveria mais magia do que a humanidade

Ninguém conhece os planos de Deus plenamente

E temos, sim, apenas uma limitada mente

Que acredita que tudo foi criado para o ser humano

Esse ser que destrói tudo o que Deus criou

E acredita que a culpa de tudo, não foi na humanidade que iniciou

Olho para o céu, vejo as estrelas

Quem me dera pudesse olhar e ver a imensidão do universo

Algo que não é compreensível à razão humana

Somos apenas um grão de poeira estelar perdida na imensidão

O que nos difere do universo é que temos um coração, mas nenhuma razão

Somos soberbos, na nossa vã inteligência

Somos irracionais, na nossa tola consciência

Os segredos não serão todos revelados

Há milhões de sóis para que possamos entender

Há muito mais do que viver para nascer e morrer

A nossa tola vaidade, acredita conhecer Deus na intimidade

Se Seu filho foi morto pela própria humanidade

Que soberba do ser humano, julgá-lo apenas um ser humano

Que viveu e conhece apenas a Terra e esse universo

Apenas Ele conhece Deus e nos fez, nesses mistérios, imersos

Tenhamos mais humanidade, ao olharmos os menos favorecidos

Achando que são pobres e que nada têm de material

A Terra é apenas uma escola, a alma é o real

E nesse novo mundo, tudo será realmente vivenciado

Por isso, o homem acredita que tudo lhe foi revelado

Pobres homens somos, mergulhados em coisas vãs

Enquanto Deus vive dentro e vive disperso no céu

Observa calmamente, o que há por trás de cada véu

Que cai, revelando a face verdadeira de cada ser humano

Vivemos na soberba entre o santo e o profano

A ciência ainda vai descobrir muito mais do que imaginamos

E o homem ainda vai cair em si, de sua pequena existência exterior

Veremos que a vaidade exagerada de ser superior

Faz da nossa humanidade um pequeno grão estelar

Que nasceu de uma verdadeira e única prova de amor, sem jamais entender o que é amar...