Caminhos incertos
Caminhos incertos
Não sei por que caminhos e mistérios a vida me leva
Como serão as ondas da brisa descolorida que a sina me entrega
Quantos passos darei pela aridez cansada do calor do deserto
Em quantos voos etéreos alcançarei com avidez o amor incerto
Não sei se tenho tempo de ultrapassar o fadado destino
Fintar o momento que segue ao meu lado e seguir novo caminho
Amar o que me escapou por entre os dedos calados e iludidos
Buscar ao baú dos sonhos segredos rendados em lençóis escondidos
Não sei se os sois radiantes vão iluminar os meus dias Invernosos
Se as chuvas amarguradas serão afagos em instantes de Verões calorosos
Se as minhas esperas e emoções são vãs e os amanhãs ficarão vazios e silenciosos
Sei apenas o que a experiência da vida me ensinou
Nas tardes serenas onde o pensamento com a sua irreverência me levou
Sei que vou pelas ruas nuas do sentimento e da sua essência que em mim restou
Luísa Rafael
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Porto, Portugal