VELHO CORETO
No coreto da pracinha
Assistia a bandinha
Defronte a capelinha
A tocar a musiquinha
Eu sentado lá no banco
Batendo minha mãozinha
Balançando a perninha
Ao som do tamanco
Que saudades do coreto
Dos encontros furtivos
No apagar dos lampiões
Com os latidos dos cães
Nós enamorados
Com as batidas dos corações
A pulsar em nosso peito
Num frenesi de emoções
Ah! Velho coreto
Que saudades eu sinto
De minha infância ao som da bandinha
De minhas peripécias juvenis
Ah! Velho coreto, testemunhastes
O nosso primeiro beijo
Nossa declaração de amor
Nosso compromisso assumido
Hoje nesta praça, estás só
Eu também estou só
Vim te visitar, para juntos
Relembrarmos momentos felizes
Ah! Velho coreto
Abandonado estás
Até quando vão nos redimir
Dos pecados de outrora?
Velho coreto, velho companheiro...
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 17/02/20