A FAIXA
Olá. Como você está?
Geralmente essa não costuma ser uma boa hora pra falar
Cada um tem o seu corre, sua labuta
Seu lugar no futuro para guardar
Mas, de toda forma, cada segundo
É o suficiente para compartilhar
O caminho mostra sinais
Para se refletir e parar
A cidade vai se "semaforizando"
A vida vai "metaforizando"
Mal consegue se perceber
Quando estamos parando e andando
Seja por uma pessoa bonita
Seja pela pontualidade que corta o ar
Seja por uma resenha infinita
Seja pela luz hipnótica de um celular
Espero que você siga bem seu destino
Em busca de sonos tranquilos a gente tenta
Agora, talvez, eu precise ir
Um horizonte monocromático se apresenta
Intercalado e inteligível
E como às vezes é incrível
Como tudo fica em câmera lenta
Talvez, não fosse o momento?
Sei lá, o espaço-tempo se perdeu
Momento esse, sendo o último
Que nem posso chamar de meu
Vermelho na luz da sinalização
Vermelho espalhando-se pela pista
O protagonista virou vítima
O vilão virou protagonista
Será sorte de conhecer o paraíso?
Será azar de não viver à beça?
Será algo proposital?
Será um simples impulso de pressa?
Enfim, aconteceu
Já não sigo mais em frente
Fiz minha parte enquanto cidadão
Todavia, nem todos tem atenção, infelizmente
O perigo é constante
A esperança é fogo de palha
O trabalhador é vencedor e derrotado
A lei é seca e falha
Mas as condenações ficam à critério mundano
Minha alma entrego a Deus
Sua vida? Que lute e prospere
Que horizontes positivos lhe espere
Adeus.