A FAIXA

Olá. Como você está?

Geralmente essa não costuma ser uma boa hora pra falar

Cada um tem o seu corre, sua labuta

Seu lugar no futuro para guardar

Mas, de toda forma, cada segundo

É o suficiente para compartilhar

O caminho mostra sinais

Para se refletir e parar

A cidade vai se "semaforizando"

A vida vai "metaforizando"

Mal consegue se perceber

Quando estamos parando e andando

Seja por uma pessoa bonita

Seja pela pontualidade que corta o ar

Seja por uma resenha infinita

Seja pela luz hipnótica de um celular

Espero que você siga bem seu destino

Em busca de sonos tranquilos a gente tenta

Agora, talvez, eu precise ir

Um horizonte monocromático se apresenta

Intercalado e inteligível

E como às vezes é incrível

Como tudo fica em câmera lenta

Talvez, não fosse o momento?

Sei lá, o espaço-tempo se perdeu

Momento esse, sendo o último

Que nem posso chamar de meu

Vermelho na luz da sinalização

Vermelho espalhando-se pela pista

O protagonista virou vítima

O vilão virou protagonista

Será sorte de conhecer o paraíso?

Será azar de não viver à beça?

Será algo proposital?

Será um simples impulso de pressa?

Enfim, aconteceu

Já não sigo mais em frente

Fiz minha parte enquanto cidadão

Todavia, nem todos tem atenção, infelizmente

O perigo é constante

A esperança é fogo de palha

O trabalhador é vencedor e derrotado

A lei é seca e falha

Mas as condenações ficam à critério mundano

Minha alma entrego a Deus

Sua vida? Que lute e prospere

Que horizontes positivos lhe espere

Adeus.

Arydjonson Estevam
Enviado por Arydjonson Estevam em 23/09/2022
Código do texto: T7612814
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