PRIMAVERA DO ESQUARTEJADOR

Tem ferrugem na garganta que alerta:

Não seja ingênuo, não seja um caipira.

Pele e ossos, sob a lua enquanto no quarto,

acontece o verdadeiro amor que quebra camas,

e você não está lá.

Diminua-se e eu vou mostrar a você

onde isso inevitavelmente vai dar:

num abrigo barato de beira de estrada

onde o universo ignora sua imensa importância.

Pertencente à sujeira da estrada,

por seus próprio meios e silêncio arbitrário,

foi cuspido no mundo em 1977,

permanece um jovem que disse que ia viver pra sempre,

com sua arma sempre ao lado e botas gastas,

sem filho, sem primavera e sem hora disponível.

No entanto, um facilitador do inferno.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 22/09/2022
Código do texto: T7612095
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