MALTRAPILHO
Sua roupa negra
Como a noite, abandonada,
Extremamente sem estrelas,
Surge maior, e é nada...
Em mim seu hálito fica
Impregnado, e profundo
A mente então verifica
Ser ele o imundo!
Maltrapilho perambula
Pelo meu sentimento...
Sequer aqui, ou na rua
Dou-lhe a ele contentamento!
Pena é o que sinto.
Deixo-o, assim, repousar.
Lembrá-lo, porém, insisto,
Ofereço-lhe, em mim, o lar!