Precipício

Nem se você me visse

na fossa,

ou se eu caísse

em chamas,

do décimo andar

você seria capaz,

de demonstrar

algum remorso.

que se foda, então

e que eu cresça

pelos no meu coração,

pra passar

os invernos

daqui pra frente.

Não vou largar

os meus vícios,

adquiridos na intenção

de esquecer

todo esse inferno

que você fez.

Nem te darei o gosto

das lágrimas,

da minha embriaguez

nem o aperto

da minha mão,

como oferta de paz.

guardarei pra mim,

a última dose

de veneno

e a ilusão mordaz,

do amor perdido,

entre as quatro paredes

de hospício

deste quarto,

e na beira do precipício

do meu coração partido

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 20/09/2022
Código do texto: T7610666
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