OLHOS INERTES

É no silêncio da noite

Que a gente percebe que o dia, atoa, foi veloz

E o aperto no peito é feroz

Tal qual toda vida esvaída diante de olhos inertes

Contentes com flertes que não têm nada a ver

É ver para crer

E não adianta conselho

Viver é beijar os segundos de língua

Saber dasatar os velhos nós na garganta

Seguir a dança, mesmo sem saber dançar

A vida é assim: sem fim e findada

Do nada se vive, do nada se acaba

É tipo uma escada que o fim é só um começo.

Valente - BA, 20 de setembro de 2022 (00:08).

Vinicius Cladu
Enviado por Vinicius Cladu em 20/09/2022
Código do texto: T7610507
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