Águas calmas do rio formando Cachoeira
Um dia que nasce na esperança
Teu eu é permanência, aconchego.
Outros tantos que aqui morreram
Sem paz nem sossego.
És sombra junto água doce,
Em tua terra faço morada,
No teu leito me aqueço,
Nas tuas curvas me acabo.
O teu doce saboroso
Quero logo apreciar,
Beijando tua linda boca
Em espera pra amar!
Mas tuas linhas seguem curso.
À mim nada é chegado,
Nem sei se deito ou levanto,
Se rio ou choro o pranto,
Sendo por ti desprezado.
Leve tuas águas à outros rios
Misturando-se sem pensar,
Meus carinhos e toques
Por ti há de esperar.
Se no teu longo percurso
Deseje querer regressar
Venha em forma de Cachoeira,
Sem nenhuma pressa queira...
No meu corpo repousar!