VI- DONA NOBIS PACEM
Veja, onde tudo sempre acaba.
No inevitável compromisso com a poeira,
que fatalmente cobrirá nossos passos,
indo embora para um horizonte inexistente.
Fala-se da sucessão das dores dos pais,
da hereditariedade do trivial,
mas fica no fundo de toda história dita,
o inevitável do tempo e da corrosão.
Se nada é monumento ou nome,
nada é posse ou satisfação do desejo,
Então lhes trago o gosto há muito esquecido
de um paraíso trancado, há muito perdido.
Os caminhos se dobram e caem no abismo,
desacelerando objetos que suportam a vida,
matando o esquecimento de mentes que não há mais.