SISTEMA ESCRAVOCRATA!
Nos ares silvos estranhos,
Se confundem com o ronco de motores,
Tal qual o fétido de odores,
Que deixam tantos esquecidos e tristes.
Por não contemplarem em autoridades
A tão decantada seriedade,
Que inexiste nestes seres!
Que se acham acima de pobres mortais!
Por dominarem o peso de canetas,
Que depõe contra a própria vida!
E caminhamos na criação
De atos e de justiças banalizadas,
Que acha que manda e que exige,
Por ter mais um pouco ou muito de espécie!
Que tanto escravizou comunidades,
E inda hoje procria senzalas!
Maquiadas de jovens aprendizes
Com remunerações míseras...
Ensinam às massas o ganho fácil...
O caminho velado da contravenção e do crime!
Que no mimetismo de facções
Criam tribunais e milícias...
Com seus chefes em palácios,
Nos escalões dos que fazem leis!
E contemplamos a máfia mor
A empunhar suas armas de mortes,
A açoitar látegos em pequeninos,
Que querem crescer e como são impedidos!
Por imposto cada vez mais escorchantes,
Sem a chance de ver a luz no fim do túnel!
E caminhamos sem rumo ou norte,
Temos a obrigação da escolha,
Por causa da escravidão generalizada,
O Sistema cada vez mais aliena,
E torna refém todas as massas!