MOROSIDADES
Verso preguiçoso, esperançoso e ameno...
Que surge morosamente, lúdico, aos goles...
Fruto da necessidade de não se magoar,
Muito menos de fustigar passado e futuro.
Concebido nas linhas, entre linhas, e pontos finais,
Onde nenhuma interrogação paira medonha no ar.
São tempos decantados, vertidos do coração,
Sem ilusão, más transcendem o labor da alma.
Verso portentoso, sonhoso, e sereno...
Que suga grotescamente, lúcido, aos gritos...
Carente de vozes interiores de não se pasmar,
Muito mesmo ao espelhar o presente, o agora.
Permitido nas verves versados, e quiça, rimadas,
Onde exprima a eloquência creativa que comove.
São tempos sedimentados, vestidos de comoção,
Sem alusão, más fortalecem o sabor, de poeta, ser.