MOROSIDADES

Verso preguiçoso, esperançoso e ameno...

Que surge morosamente, lúdico, aos goles...

Fruto da necessidade de não se magoar,

Muito menos de fustigar passado e futuro.

Concebido nas linhas, entre linhas, e pontos finais,

Onde nenhuma interrogação paira medonha no ar.

São tempos decantados, vertidos do coração,

Sem ilusão, más transcendem o labor da alma.

Verso portentoso, sonhoso, e sereno...

Que suga grotescamente, lúcido, aos gritos...

Carente de vozes interiores de não se pasmar,

Muito mesmo ao espelhar o presente, o agora.

Permitido nas verves versados, e quiça, rimadas,

Onde exprima a eloquência creativa que comove.

São tempos sedimentados, vestidos de comoção,

Sem alusão, más fortalecem o sabor, de poeta, ser.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 05/09/2022
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