IV-TE DEUM
E que outro caminho poderia ser seguido,
senão o que retorna ao repouso da criação?
Purificado dos venenos que sufocam,
inventados pelo mundo de ídolos enfermos.
O que serviu a miséria a todos nós,
a cada boca desesperada por falas eternas,
deu de sua própria carne corrompida
a parte que lhe cabia do tamanho da ambição.
Mas olhos cegos para brilhos efêmeros
peceberam na brancura das vestes acetinadas,
a lama que respingava dos pés do que a virtude pisava.
Assim fez-se redenção de tanta alma escravizada,
que se contaria em desespero nos dedos da mão.
E seja dada eterna glória e dízimo de fé,
à onipresença do medo que se diz liberdade.