na nova estação
disfarça este olho
vermelho
e diz porque dói
o teu coração
na face refletida
no espelho
a imagem ainda pede
a tua atenção
desvenda menino
a sombra
espectro que ronda
a tua paixão
o destino é vil é servil
digo isso
com os olhos cravados
no chão
permita que o verbo
o verso
revolva em teu peito
esta velha aflição
com jeito e a passos
ainda se chega
bem-vindo e vivo
na nova estação