VOLTAR A ZEROS
Nesta manhã eu não creio em quase tudo
No Sol iluminado, na alegria
Pela manhã assisto a dor, a agonia
Vejo crua a matança e fico mudo
Talvez aceite, acate as rebeldias
Espraio as imagens em sonhos brandos
Esconjuro a paz e todos os desmandos
Abraço a vida, as noites e os dias
Se os olhares matassem, tombaria
Intenções fisgam, rasgam, são crueis
Amarras frágeis prendem a valquíria
Libero quanto posso num estertor
Atravessas luz, som, os decibéis
Numa nota só, nítida, o amor.