Hibernação

A voz, que ouço,

vem do fundo

de sua alma hibernada,

na esperança de se proteger

do gelo que compõe

a existência dos seus dias.

Carvernosos são seus pensamentos,

escondidos em ácido humor,

a disfarçar o pavor,

o medo de deveras viver.

Eu, a te olhar desenhado no centro da lua,

visto-me de anjo, heroína ou deusa,

sou, neste momento, sua presa,

a desvendar seu coração...

em vão...

SueliFajardo
Enviado por SueliFajardo em 30/11/2007
Reeditado em 30/11/2007
Código do texto: T759539
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