Das noites que passei

Das noites que passei,

essa foi a pior.

Havia muita folia,

e eu só.

Acompanhada de sonhos,

eufórica no estar,

assim, mal comportado.

Tal qual o carnaval,

onde todos sambam,

o samba de uma nota só.

Quem dera fosse outrora,

e o trem me levasse

ébria pra bem longe,

onde o acalanto é

o som, o toque, a margem.

Lá detrás do horizonte.

quem sabe eu

trilhasse um só caminho,

— eu comigo e mais nada, —

e conseguisse, assim ficar.

Mas, como nada me controla,

vou seguindo esta doidice

— eu comigo e mais os outros —

confuso pra decidir

— eu comigo, para quem —

resumir esta esbórnia.

— Quem comigo, quem com quem —

pra que isso, nossa senhora,

se provar eu não preciso.

Como estar ou largar

este estado desprezível?