Dualidade

Eu sou uma divindade

em mim mora toda a bondade

em meu peito floresce a diversidade

de tudo aquilo que guarda a humanidade

Infelizmente moro em uma carcaça falha

Gradativamente vejo como sou limitada

Faz eu me sentir desmembrada

Mesmo possuindo uma percepção ampliada

Em alguns momentos não vejo além do fracasso

Sinto que minha vida está entregue ao acaso

Observo com cautela minha inteligência

E lembro da maldita resiliência

Eu sou capaz

Mas também sou meu capataz

Eu sou o doce sabor da vida

E também sou o amargar do dia

Sou a capacidade expansiva

encarcerada em uma mente depressiva

Aqui há o todo e a minha ascensão

Mas meus planos encontram a desintegração

antes que eu possa concretizar e ter em mãos

E mesmo assim eu cravo os pés no chão

enquanto aprecio a sobrevivência com uma singela saudação

A Aristocrata
Enviado por A Aristocrata em 28/08/2022
Reeditado em 11/04/2023
Código do texto: T7593114
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