POEMA MARÍTIMO
maresia continental no mar que faço existir
tantas foram as voltas tortuosas antes de ir
quando juntei as idéias milagrosas entendi
escaparam pelas fendas solares o que vesti
no mar que eu pensei existir me transformei
e de tantas ondas que marearam só um amei
maré de descontroles e luas e sangues e eu
que por segundos num século se converteu
anêmonas cintilantes enfeitam o meu colar
nem por um instante estive distante do mar
agora as algas que me decoram se colorem
aqui não é preciso sábios que me explorem
sou tanto de água quanto de sal e muito coral
iluminada pelo canto da mãe sereia memorial!