O meu peito arde
O meu peito pulsa,
arde e queima
Com as cores da Esperança
Esperança sem os tonalizantes
Esverdeados enrugados do cansaço do verbo esperar
O meu peito pulsa,
arde e queima
Com os cheiros da esperança
com vieses e nuances
do verbo esperançar que dança e se avoluma, se vulcaniza e se pulveriza
na pulsação da rebeldia
de rastros e caminhos sujos de suor e sangue iluminando sempre
na ardência de rupturas
na queimação da resistência
Sem subserviência
Sem medos
Na poesia de Transgredir
Nos versos de Transcender
Os cercos
e cercas
muros e paredes
Sem vestígios covardes
Mas a arder, queimar e romper
Caminhos
E como Subversivo
Nunca Esperar
Nos ângulos da paz covarde
Nada beber ou respirar
Rasgar
Romper
Subverter as ordens
que se avolumam nos corredores
desvitalizados míopes anêmicos
Outros nós
Outros sós
Outros Sóis
Hão de trilhar
Arder
Queimar
Rasgar
Romper
E acender a alma !