DENOT(A)ÇÃO.
Das muitas vezes
Em que sou corpo
Despido e livre da poesia,
Sou também sinestesia,
Nascida do "Eu Poético".
Da palavra mais atrevida,
Ao frio que me congela,
És manto que me aquece
E ausência que me enlouquece.
Atrapalhada em suas rimas
Emparelhadas e desconexas,
A poesia, então, me veste.
Com silhuetas de ampulhetas
Eu conto as horas
No vento oeste,
Por onde voam as fantasias,
Por onde morro em agonias.
Elenice Bastos.