RUMOR NAUFRAGADO

RUMOR NAUFRAGADO

No rumor dos espelhos físicos,

O egoísmo vive.

O nunca sábio das posses,

Concebe o nada,

Em perguntas substitutivas.

A individualidade das saídas,

Ausenta-se de visões.

O chegar das fontes sedentas,

Floresce nas cores do paraíso.

O dizer interrogativo dos chamados,

Nomeia o ser do silêncio.

O entender sobe,

Elevando a solidão dos movimentos.

O despir nasce,

Das crenças do tudo misterioso.

O relativismo dos números,

Cantam para o voo.

O resvalar direcionado do sonho,

Segue o atraso.

O esquecimento pessoal da mesmice,

Repete entradas.

O estado da busca,

Adverte perdas.

Dentro do mundo,

O trazer se preenche.

O sentimento da voz,

Quebra reflexos.

O ainda conhece,

Naufrágios necessários.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 26/08/2022
Código do texto: T7591302
Classificação de conteúdo: seguro