RUMOR NAUFRAGADO
RUMOR NAUFRAGADO
No rumor dos espelhos físicos,
O egoísmo vive.
O nunca sábio das posses,
Concebe o nada,
Em perguntas substitutivas.
A individualidade das saídas,
Ausenta-se de visões.
O chegar das fontes sedentas,
Floresce nas cores do paraíso.
O dizer interrogativo dos chamados,
Nomeia o ser do silêncio.
O entender sobe,
Elevando a solidão dos movimentos.
O despir nasce,
Das crenças do tudo misterioso.
O relativismo dos números,
Cantam para o voo.
O resvalar direcionado do sonho,
Segue o atraso.
O esquecimento pessoal da mesmice,
Repete entradas.
O estado da busca,
Adverte perdas.
Dentro do mundo,
O trazer se preenche.
O sentimento da voz,
Quebra reflexos.
O ainda conhece,
Naufrágios necessários.
Sofia Meireles.