O VOO DA MARIPOSA

#O #VOO DA #MARIPOSA

Ardendo por arder em viva chama...

Sinto, suspiro, choro, colho o pranto...

De inocente olhar, puro e perverso...

Envolto em mistério nevoento…

A mariposa

Soberba...

Confiada...

Bela...

Subiu ao sol...

Cobriu o dia...

Em revoada...

Invadiu a vila...

Sendo desfeita e castigada...

Pela inveja fera de gente má e malograda...

E a multidão dissimulada...

Vivendo tal qual serpente enrolada...

Não lhe deu trégua...

Vomitou ódio pela bocarra...

Tentou compreender a angustiante desgraça...

De ser bela e tão odiada...

Não conseguiu...

E sem entender partiu...

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano...

Também ocultei-me em meu abandono...

Foi tudo uma surpresa... Tudo de repente...

Toda a minha alma naquele momento indiferente…

Hoje...

Diante alucinações de um vinho triste…

Pesadelo hediondo me assombra...

Em tê-la visto perder-se na estrada...

A manhã nasce em muitas janelas...

Quem sabe...

Um dia...

Eu tenha o perdão dela...

Paschoal Nogueira

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Sandro Paschoal
Enviado por Sandro Paschoal em 25/08/2022
Código do texto: T7590764
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