Pós-vida
Crepúsculos de anil
anelados de lustros
fáceis de armadilhas
doces e dóceis
era fruída a manhã
de licenças e pós-vida
e ante o famigerado
altar de alvas e
amarelas esperanças
arredondo-me em desejos e ensejos
o corpo e a forma restituídos
ao léu da carne
momentos crispados
nas manhãs vestidas pelos verdes
entre janelas
uns macios crepons
crespos de luas
assuntos verdejantes
de tardes
tardio
o despertar
enfim...
enfim, no relento
da lua deslizo
pelo manto
maré
vestida de muitos verdes
expio crepúsculos
nodosos
de nódoas
em silêncio
alternando-se
nas frestas da crescente.