PONTEIRO MALDITO

O ponteiro passa em descompasso

Arruinando o tempo que preciso

Pra curar as dores do passado

E as vezes, o presente em que habito.

Flutuando está os meus retratos

Minha face, num canto esquecido

Que o choro invade e eu calo

Palavras que há tempo não profiro.

Um gole de vinho é o que desejo

Pra afundar na dose os pesadelos

Que o tempo, estático, recorda.

E vivendo, pois, desnorteada

Deito-me sobre o travesseiro

Sem saber ao certo a hora exata!

- Francielly Fernandes

- 21/08/2022

Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 22/08/2022
Código do texto: T7588479
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.