Dose
Deixe-me vir a próxima bebida,
Seja remédio ou veneno.
Aqui jaz um bêbado e sua ferida
Que de amor ainda está morrendo.
Deixe-me vir a próxima bebida,
Pois do que sofro, temo não haver cura.
Adoeci nas mãos de uma bandida
Armada de mulher ideal, doce e pura.
Deixe-me vir a próxima bebida,
Que um gole não desentala a decepção.
O álcool agora é minha comida
Esquecendo dela em minha digestão.
Oh! Deixe-me vir a próxima bebida.
Que as outras não me mataram ainda.