Imprevisível escuridão

Nem o maior grito é tão profundo quanto o da sensibilidade de uma mulher preta. É algo que conota o denotável.

Ser mulher...

Ser preta...

Ser tudo...

Sentir o mundo...

Carregar o incarregável...

Das maravilhas que escondem tormentos

Dos lampejos de alma que ecoam no corpo preto

É um súbito maremoto.

Oh! Para onde foi essa escuridão tão audaz?

Foi cantar?

Foi pintar de preto e reluzir o mundo?

Ou sendo essa escuridão uma mulher preta, foi logo ser tudo?

O que é preto brilha, mas também sofre

Sofre o sofrimento

Sofre a alegria

Sofre a beleza

Sofre o vazio

Mas também sofre o possível impossível e depois brinca de ser o imprevisível mais denso que já densou nesta terra!

Gisele Maria
Enviado por Gisele Maria em 22/08/2022
Reeditado em 22/08/2022
Código do texto: T7587996
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