Vida vazia
Olhei para o gramado alheio
Vi que o verde era mais reluzente
Daquela perspectiva pude enxergar o glamour
E tomando posse, a vaidade me perpetuo
Andei para lá e para cá
Somente para esbanjar
Fotos, lojas, restaurantes, viagens...
Vida fútil e vazia
Tudo somente para mostrar
A vida foi em prol de querer ser algo que não sou
Quis ter e não passei de um mero escravo
Escravo da ostentação
Em minhas amarras fiquei imóvel
Esquecendo do que realmente é genuíno
Deixe de ser para obter
Para causar, para me ludibriar
Por uma geração de redes, redes de vaidades, redes de futilidades
Redes sociais
Aquelas que são primordiais em uma sociedade
A vaidade aflorada em nossos sorrisos
E uma vida contaminada por um apego besta e passageiro...
Mesquinhez...
O olhar agora fitava o passado,
Porém a ampulheta já descia o último grão...