Vida vazia

Olhei para o gramado alheio

Vi que o verde era mais reluzente

Daquela perspectiva pude enxergar o glamour

E tomando posse, a vaidade me perpetuo

Andei para lá e para cá

Somente para esbanjar

Fotos, lojas, restaurantes, viagens...

Vida fútil e vazia

Tudo somente para mostrar

A vida foi em prol de querer ser algo que não sou

Quis ter e não passei de um mero escravo

Escravo da ostentação

Em minhas amarras fiquei imóvel

Esquecendo do que realmente é genuíno

Deixe de ser para obter

Para causar, para me ludibriar

Por uma geração de redes, redes de vaidades, redes de futilidades

Redes sociais

Aquelas que são primordiais em uma sociedade

A vaidade aflorada em nossos sorrisos

E uma vida contaminada por um apego besta e passageiro...

Mesquinhez...

O olhar agora fitava o passado,

Porém a ampulheta já descia o último grão...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 21/08/2022
Código do texto: T7587671
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