Sinto

Eu sinto e sinto tanto

Um sentir nímio de todas as coisas

De arder os sentidos

E o que me arde agora, também me refrigera

E sentir, assim, em demasia me derrui

E me reconstrói, por vezes, intacta

Ora cárcere, ora liberdade

Um sentir quase dor

Que também é cura

Onde as mãos não alcançam

Contudo, sente a alma

Como se fosse tocada, sutilmente

E pelas pontas dos dedos sinto

Com pesar e contentamento

Amor e ódio, também, não nego

Paixões e gostos

E o desgosto amargo das desilusões

Medos e mesclas de intrepidez

Da fragilidade humana, sinto

Certamente, todas as emoções

E como poderia não sentir assim?

Acarla
Enviado por Acarla em 21/08/2022
Reeditado em 22/04/2024
Código do texto: T7587462
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