DANÇAS SATÂNICAS
Cada pedra dessa casa distorcida,
foi assentada sobre o ódio ancestral.
Vindo da decadência, legitimado no assassinato,
foi desculpa, arrependimento, valor e perdição.
Interpretação de leis jamais escritas,
o fim de tudo, num túmulo sem honra.
À beira do penhasco, a um passo da danação,
ferida cinzente, veneno sem hora marcada.
Que suas histórias, tancadas na noite mais profunda,
sejam o último recurso da razão que se perdeu na fúria.
Aí será o fim da razão que avançou natureza adentro,
em troca de moedas de ouro e demência em forma de direito.