POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.
Tudo que não se pode,
É ser simples objeto,
Que na mão do idiota,
Se torne papel dobrado,
Pra depois ser descartado,
Na lixeira da história.
Menina,olha pra mim,
Sou sua outra metade,
Que pra falar a verdade,
Tu é um retrato pintado,
É pingo, pingando no molhado
Essa minha afirmação.
Tua pele queimada,
Flutua na imaginação,
Mas de quimera, em quimera,
A vida vai se esvaindo,
Como uma nuvem no céu.
O sonho vai desgastando,
E o amante aí se perde,
Para toda eternidade.
Lá no céu uma estrela
Cintila toda contente,
Olha para sua gente,
Em ato de proteção,
Eu sinto tanta saudade,
Do teu riso ,do teu tato,
De tudo que me ensinava,
Lá no céu, é tão distante,
Que não consigo alcançar,
Suas mãos delicadas,
De pintinhas adornadas,
Deslizando em meu pensar,
Este misto de saudade,
Que reflete em mim agora,
é a dor de toda hora,
faca a me cortar.
Aquele beijo na boca
que um dia me prometeu.
Corta tão fino a alma,
me faz relembrar o adeus.
É tanta a dor da saudade,
que finjo que não doeu.
Neste instante,
encosto neste fim de tarde,
miro uma estrela no céu,
ainda está apagada,
o dia ainda não escureceu,
o sol já vai se escondendo,
os pássaros me dão adeus,
tudo vai se aquietando,
como manda as leis de Deus.
Me lembro ainda hoje,
dos tempos do interior,
lá no brejal da varginha,
na flor da mariazinha,
entoa um quadro real,
entre perfume e beleza,
as asas das borboletas,
abanam meu viajar.
O amor
é uma folha,
que despenca
e cai num olhar.
os olhos então
se revelam, e
tentam se abraçar.
Se fixam,
em um só brilho,
tentam arrumar
palavras,
mas a boca,
não quer falar.