QUEM SERÁ?
É baixinho, tipo meio quilo,
Cabeça de abóbora, voz de arara,
Deixou seus tempos de arco e taquara
Para nadar em mar tranqüilo
Que só existe nos cofres da nação.
Não importam os protestos, a gritaria,
Porque de qualquer forma ele acharia
Um jeito de esbulhar o povão.
Tornou-se, ele, por competência,
Capetinha tinhoso, azucrinador,
Da matemática familiar é defensor
Protegendo, a todos, de possível falência.
Prometeu, fez do eleitor uma quitota,
Sentou-lhe certeiro pé no saco
Porque é ele quem tem o taco
Dessa jogada que não é de patriota.
Pobre país, pobre gente sem direção,
Sujeitos a essa figura bufônica,
Pior que a negra peste bubônica,
Mata os sonhos de uma geração.
24/03/05.