FILHA DAS ESTRELAS

(Por Érica Cinara Santos)

Deixe que eu olhe para o céu

Esse breu de luzes pontilhado

E sinta arrepios oriundos das profundezas de mim

Reverenciando algo para além do sagrado

Deixe que eu veja por detrás do véu

Das ilusões em que os sentidos me tem limitado

E seja grata por esse brilho faiscante de onde eu vim

E que, em razão da "distância", só agora meus olhos o tem alcançado

Amo o que me dizem as estrelas

Sobre a vastidão precisa e sábia do infinito

Dos elementos criados quando morre alguma delas

Ao explodirem em supernovas no tempo divino predito

Amo a generosidade das estrelas

Em seu ciclo de doação absoluto

Que criam ao morrerem e sustentam a vida enquanto vivem

Gerando mundos a partir de seu próprio luto

Amo a sabedoria que se pôs a concebe-las

E deu razão e função a tudo

Tornando a multiplicidade da criação em seu vai e vem

Uma unidade de Amor e harmonia sobretudo.

Érica Cinara Santos
Enviado por Érica Cinara Santos em 19/08/2022
Reeditado em 19/08/2022
Código do texto: T7585971
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