sonhos aurorais
te encontrei nos meus sonhos aurorais,
e lhe convidei para um chá da tarde.
antes fossem banquetes invernais,
sol da manhã, tanto te quis que arde.
me contou dos teus desejos profundos,
e das aflições em teu coração.
agora os vejo longe, moribundos,
distante dos versos da minha canção.
é a iridescência dos tons perolados,
o comum que se mescla com o idílico,
o furta cor que circunda os teus passos.
é o tão querer que transcende os vitrais,
a tensão de uma noite mal dormida,
o medo que bate, tal mar, no cais.