A Culpa
A Culpa
A culpa morre solteira,
E ninguem assume a asneira,
Nem o mundo se preocupa com os casos,
Que ver castigo e têm de aparecer culpados ,
A culpa ás vezes nem é de ninguém,
E arranjam-se culpados para se falar com desdém,
Ou a culpa inventa um culpado,
E a história acaba com um infeliz contemplado!
A culpa foi do mapa da mão,
Que define o rumo do coração,
Esse risco fino que alguém desenhou,
Um mar de dúvidas que dizem quem eu sou,
A linha fina que me marca o caminho,
Ora verdejante ora cravado de espinho,
A história que se conta em poucos traços,
Com passagens felizes e outras em pedaços.
A culpa vestiu de branco,
E com vestido de festa, empurrou-me para o pranto,
Terminou o que seria um belo poema,
E deixou-me as incógnitas do problema,
E eu sem tempo para ver o sucedido,
Olhei a culpa e perguntei se o que faz tem sentido !
A culpa não me deu respostas,
Nem me ouviu e virou-me as costas !
Nenúfar 12/11/2007