DOR DE MÃE

Pelo vidro fumê,

sob a claridade do candelabro,

com o sereno da noite,

e o aroma de crisântemo;

a silhueta de um rosto curvado...

Um soluço silencioso...

Tua tristeza acordada!

O filho "adormecera"

em berço eterno

sob a lua dos corvos.

Despedira deste

a acariciar a palidez

de teu rosto angelical.

Restara-lhe apenas o consolo

de tua fé pujante;

em saber do "teu"

estar sob a guarda do Pai.

Ficara a solidão.

Passara a contar os passos.

Os dias ficaram longos.

Refugiara-se em teu próprio coração.

Neste havia o que é de mais nobre,

o sentimento eterno pela prole.

Fizera de teu caminhar,

de teus dias, da rotina,

o teu próprio anestésico.

A vida seguiu!

O tempo estancara a dor.

Serena, praticara a "aceitação".

Aguardara o momento de se juntar

ao leito eterno do filho.

Com a paz da espiritualidade,

o seu destino final chegou!

"Adormecera" com a certeza

de ir ao encontro da prole...

ao lado direito do PAI!

J. M. 2004.

Jadir F Macedo
Enviado por Jadir F Macedo em 15/08/2022
Código do texto: T7582652
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