Infinitos de mim
Exilo os meus desejos
Onde o silêncio amordaça as vontades,
Calorosos beijos,
O corpo quer,
Mas o pensamento nega,
Excessivo prazer,
Estremeço quando você me pega,
Surgem estrelas cintilantes,
Tudo fica vibrante, excitante,
Suas mãos no meu dorso,
Já imagino o alvoroço,
Pensamentos de luxúria,
Nem sei se posso...
Mas, confesso,
Amo seu roço...
Senti-lo a tocar-me o corpo
Essa brisa do teu vento...
Mesmo sem qualquer movimento,
Já imagino o intento,
Perigo intenso,
Nem sei se fujo ou me entrego!
Dou por mim,
dominada pela loucura,
E perco a fala, enfim,
Quando tenho-o na boca,
Meus lábios a confortá-lo,
Sílaba por sílabas...
Nossa como amo os teus versos,
A forma como compões as rimas,
Algumas soltas, outras emparelhadas,
Acendendo em mim a fornalha,
Então quando deixas as linhas brancas,
Fazendo-me imaginar coisas...
Molhas-me toda por inteiro,
Por mais que não aceitas,
Esse é o mistério poeta...
Esse contraste de açúcar e sal,
Está muito além do natural,
E quando chegas ao ponto final....
Perco as reticências...
Como se definisses a minha essência,
Acordas o meu vulcão adormecido,
Este molhas os lençóis,
Sinto endurecido os teus raios de sóis,
E aquece as paredes internas...
Nem com a língua arrefece,
Pelo contrário, perco as forças...
Amo essa poesia,
Disfarçada em prosa,
Dizes seres o espinhos,
Que sabe cuidar da minha rosa...
Percorra os infinitos de mim
Desvenda-me todos os segredos,
Entranhas em mim com os dedos,
Deixe as tuas digitais,
Enquanto combino os ais....
Dessa avassaladora ilusão (...)
(M&M)