Labirinto do meu ser
Em frente ao computador, no horário de pico do trabalho
Os pés em baixo da mesa entregam minha ansiedade
Minhas mãos tremem quando me encosto ao papel verde e pequeno
O corpo sente algo crescer dentro de si, os olhos já não enxergam planilhas e números, somente letras e sentimentos.
Já faz parte do meu dia-a-dia ser tomada por completo, ser abduzida pela arte e transportada para o quintal da imaginação. Ultimamente tem sido difícil escapar, fugir ou até mesmo me esconder dessa perseguição que a poesia faz comigo.
Às vezes eu escuto de longe uma voz chamando minha atenção, será que já estou imaginando alguém no mesmo lugar que eu para fazer companhia e aprender a cantar?
Esse negócio de querer escrever sobre o que sinto está deixando-me confusa, e nesta confusão acabo encontrando uma paz, eu sei que parece contraditório, mas poesia é isso, é ser bem confuso para explicar e bem simples para sentir.