TRAUMA

A dor que marca o corpo,

É diferente da que fere a alma,

Tão fundo parecem os olhos,

Quão duros os abrolhos,

Tenho a pele costurada,

Uma alma enclausurada,

No seu próprio âmago,

Onde o silêncio fez estrago,

São lesões de frias estações,

Do tempo e suas agressões,

Daquilo que parecia ameno,

Mas, por dentro destruía o terreno,

A face esbelta de um sorriso,

E na memória a sensação do abandono,

Parecem agulhas costurando o interior,

A capa tende ser dura,

Enquanto se esvaí o amor,

São acidentes de emoções,

Que mente registra,

Em seus fotoneurônios,

O silêncio torna-se assustador,

Quando estes se revelam,

O isolamento traz o frio,

E o corpo sente a vibração,

A psique tende ao vazio da razão,

E lentamente morrem órgãos,

Os sentimentos não nutrem ventos,

E as feridas da alma tornam-se profundas,

Num ciclo de energias negativas,

Onde a consciência luta sem fim,

Tentando vencer as linhas

Que costuram o imaginário (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 11/08/2022
Código do texto: T7580016
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