DO INUMANO E DA MORTE

Desde sempre

a morte aconteceu em mim

além da existência e do esquecimento.

No absoluto do anti tempo

da ausência

eu soube meu corpo

reduzido a coisa

no vazio de toda experiência.

Pois eu me sabia outro,

vazio de qualquer possibilidade de mim.

A morte é a natureza sonhando,

adivinhando seu duplo

além da matéria,

provando o caos,

o anti humano de um espírito selvagem , absoluto e sem consciência.

A vida é o devir do caos,

da destruição;

é a dança de todas as coisas

em infinito conflito.