A ANTI VIDA DA VAIDADE
Existimos em um ponto nulo de tempo
onde tudo que é possível
é inútil e desprezível.
Onde toda expressão e criação possível,
de tão humana e narcisista, alcança
o cume do ridículo e do cômico.
Todo desejo e prazer torna-se aqui inumano,
ilegível, agressivo, e indiferente ao vivido e ao vivente.
Pois o humano é a máscara pesada de narciso
onde o existente se confunde com o podre do próprio rosto,
a fé na verdade que mata o corpo.