O Alazão
O peão sem coração,
Ao montar belo alazão,
Cinge-lhe o dorso, agride o dorso
Que esfola e sangra, e dói, e sangra.
Pobre animal impotente
Submetido aos maus tratos
Revida, e num repente,
Eleva o corpo mais alto que o corpo
E num relinchar de alívio
Faz o algoz servir aos corvos.
Poema empregando a figura de linguagem Meseteleuton, que resulta quando a mesma palavra é repetida no meio e no final verso.